10 de julho de 2014

To love is to suffer

Já faz tempo que por aqui as minhas palavras não passam, os meus sentimentos também não. Abrir esta página é como abrir um poço de recordações, a sensação de ficar a olhar minutos que parecem infinitos para esta página em branco é como se revivesse cada momento até hoje. As palavras custam a sair cada vez que penso no toque dos teus lábios, no teu jeito, no medo quando a distância se aproxima mais uma vez como se parecesse um furacão e destruísse tudo aquilo que conseguimos até agora, até este exacto momento. Estou cansado, cansado de reconstruir aquilo que construí tantas vezes. Amar, tempo para amar, como se isso chegasse quando somos cúmplices de uma história que parece um barco à deriva. Tempo...palavra tão pequena ao lado de uma grande história, de um grande amor. Como posso eu remar contra uma maré, quando penso em ter que te esquecer é como se arrancassem um pedaço de ti que há em mim e levando outro pedaço de mim junto do teu, sim, porque nós éramos como duas peças de um puzzle que se completavam e formavam uma só peça. Como posso eu remar contra essa maré, quando penso em ti enfraqueço tudo aquilo que ainda resta de mim. Dizem que amar também é sofrer, se isso é amor, então eu amo-te mais que qualquer coisa, amo-te mesmo com todos esses furacões, amo-te contra esta maré. Amo-te mais que qualquer coisa, porque estou a sofrer, e amar também é sofrer.